terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Abstrato e imaterial.

   

   O amor está no ar, no mar, na terra, nos gestos, nos sorrisos e feições. Está nas palavras, nas ações, nas carícias, na voz, na roupa caída no chão.
   O amor é poesia, discursos, fadiga. Fadiga não, o amor não é rotina. Amor é arte, faz parte da vida, da sina, do coração. Mas o amor não é pra sempre, chega de repente e se vai tão depressa quanto pressente. O amor é imprevisível, abstrato e imaterial.
   O amor é tão perfeito, mas tão exato, que não existe. O que existe são poesias, explicações, que tentam demonstram o que os loucos sentem, do que eles vivem. Sim, é isso mesmo. Só os malucos conseguem senti-lo, porque quando o sente não é racional, só há aquilo que eles, os doentes, chamam de razão.

Eles não tinham culpa.

   

   Bom, hoje não consigo falar sobre nada feliz, nada animador. Tudo que me vêm a cabeça gera em torno do mesmo tema - O 11 de setembro. E então tentarei expor minhas ideias e angustias sobre o tema.
   Enfim, 9 anos e um dia em que milhões de pessoas morreram. A dor inundou meu coração. Foram sonhos perdidos, famílias desfeitas, amores quebrados. Tudo foi reduzido a pó e escombros. Me dêem um bom motivo para tudo isso, alguém possuí uma explicação um tanto quanto digna?
   Um capricho, sim, um capricho gerou milhões de mortes. Aquelas pessoas não tinham culpa de nada. Osama Bin Laden deveria ter acabado com os sonhos dos comandantes daquela carnificina, e não com os de quem nasceu lá, por destino. Era a vida deles, o mundo deles.
   Não digo que o país seja inocente, mas os mortos são. O governo faz guerra e quem morre é o povo? Quem paga esse preço altíssimo são as pessoas que não tem nada com isso?
   Eles tinham uma vida pela frente. Crianças hoje seriam adolescentes, adolescentes seriam adultos e assim por diante. Mas, tudo isso acabou. Eles estão mortos, e o governo, e os terroristas não pararam. Eles não tinham culpa.
   Sinto como se estivesse acontecido comigo, vidas destruídas, sonhos e ideias desfeitos. Eles tinham uma vida pela frente, e agora, acabou.
   Pare. Pense. As guerras continuam, e as mortes também. Quem morrerão serão os inocentes, de novo? 

Diga não a guerra, diga sim a vida, a paz.

Cômico e triste.



   Em meio a escuridão de mais uma madrugada vazia,  me peguei pensando em você. Pensando em tudo que já aconteceu e planejando um futuro incerto.
   Tempos atrás, reclamava do seu romantismo extremo, das suas melosas declarações de amor. Contudo, sinto falta dos seus elogios, das músicas que você fazia, dos incontáveis " Eu te amo ". Eu notei a tua ausência e ela gerou saudade.
   Agora percebo o quanto era bom ouvir seus exageros e rir deles. Percebo como eu era feliz por simplesmente e somente ter você.
   Não é difícil notar o quanto vazia fiquei e que logo de saudades morrerei [risos]. Você riria agora, se estivesse aqui. Justo eu que sempre fui tão racional, me apaixonei, poetisa virei e de amores morrerei. Seria cômico, se não fosse triste. [ risos]
   Só queria dizer que, não há nada a dizer. Eu acho que gosto de você e sinto a falta que você me faz. E isso pode parecer engraçado, as vezes. Justo, é uma ironia sem fim.
  Mas eu continuarei acordada, tocando meu violão, fazendo uma nova canção. Pensado em nós dois e em uma outra maneira de lhe dizer, o quanto eu amo você.