sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Fora dos meus sonhos, longe de mim.



A chuva lá fora não me acarreta mal algum, não me molha, não me emociona, não me proporciona nada, além de mais indiferença. Tudo é indiferente, nada tem sentido, nada tem graça, é tudo tão preto e branco.
O Sol nasce, o Sol se põe, e tudo continua cinza, escuro. É como se não tivesse luz, tudo tão escuro, sombrio, frio, terrível. Mas, quando você se aproxima, tudo brilha, tudo reluz. Tão forte, ou melhor, mais forte que o Sol. Bem mais.
O sorriso estampa-me a face, explodi o coração, a respiração cessa mas eu consigo sentir o teu perfume de longe, tão longe, mas tão perto. Tudo brilha, tudo é luz, tudo é bom, tudo é alegre. Mas espere, acabou. Está tudo escuro, eu não sinto mais o teu perfume, fim.
E retorna o frio, e a chuva volta a cair fria e triste. O Sol não reluz, é tão indiferente, sem sentido, sem graça. É tudo tão preto e branco agora, de novo.
Quem sabe, você nunca esteve aqui, foi só uma lembrança rápida do teu sorriso e do teu perfume. Quem sabe você não exista aqui fora, longe dos meus sonhos, longe das cores, longe de mim.

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